quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

"Dentes de Rato" - Agustina Bessa-Luís


No âmbito do estudo da obra Dentes de Rato de Agustina Bessa-Luís, foi lançado aos alunos um desafio: imaginar que a família de Lourença arranjava forma de acabar com o seu vício de roer maçãs. 


 Eis algumas propostas..


    A mãe de Lourença estava farta de ir à cozinha e encontrar a fruta toda roída, até porque, sem a fruta em condições, não podia fazer os bolos de pêra e maçã de que tanto gostava o pai.
    Ela sabia que tinha de encontrar uma solução, para resolver o problema. Falar com ela, não resolveu; esconder a fruta, também não resultou: tinha um faro tão apurado, que parecia mais um cão… 
    “Porque é que eu tenho de pensar nisto sozinha?”, pensava ela.
    Foi chamar o Falco, a Marta e o Artur para a ajudarem.
    O Artur sugeriu que escondessem a fruta, mas já tinha sido experimentado. A Marta sugeriu falar com ela calmamente, mas também já tinha sido experimentado.
    O Falco, que era calmo, mas também um pouco traquinas, sugeriu bombinhas. ”Bombinhas? Mas bombinhas como?”-  pensaram a mãe e os irmãos.
    O Falco explicou que se pusessem bombinhas na fruteira, estas iriam “rebentar” quando Lourença tentasse ir buscar a fruta para a roer.
    Todos gostaram da ideia.
    No dia seguinte, a fruteira estava cheia de bombinhas. A mãe estava a cozinhar quando viu Lourença a ir, sorrateiramente, até à fruteira. Foi ao pé dela e disse-lhe:
    - Se fosse a ti, não faria isso!
    Lourença ficou com medo e foi-se embora.
    Distraída, a mãe deixou a colher cair em cima da fruteira e… a fruta começou aos estalinhos!...
    Lourença ficou a pensar: “ O feitiço virou- se contra o Feiticeiro!”.
   
                                                                                                       Matilde Lopes - 7ºA 



Fez-se noite. Lourença tinha ido dormir e a sua família ficara na sala para acabar de vez com o seu vício.
A mãe, o pai e os irmãos pensavam. Marta disse logo que não faria parte ativa do plano, mas que daria ideias.
A mãe, depois de algum tempo, disse que seria difícil, mas que tinha tido a ideia de pôr “lagartas-goma” na maçã mais vermelha e apetitosa. Assim, quando Lourença a trincasse, pensaria ter acabado de morder lagartas. Todos concordaram e até combinaram um sinal.
No dia seguinte, Lourença achou todos muito estranhos, principalmente Marta que, nos outros dias, se armava em pancrácia com ela e, naquele dia, não. Sabia, no entanto, por experiência própria, que os adultos eram todos um pouco estranhos. Surpreendeu-se também com as ausências de Artur e Falco que tinham ido à pastelaria e à mercearia comprar doces (gomas) e maçãs vermelhas.
Quando regressaram, Artur e Falco entregaram a “mercadoria” à mãe. Tudo parecia pronto para a missão secreta.
A mãe pediu a Serafina que pusesse as gomas dentro da maçã mas que não se notasse quase nada.
Dado esse passo, o pai pôs a maçã na fruteira e esconderam-se todos, pois Lourença vinha lá. Esta escolheu a maçã “ envenenada” e trincou-a “com todos os dentes que tinha”.Ficou surpreendida e logo lhe saltou à vista uma enorme “ lagarta”.
A família apareceu e Lourença aprendeu a lição.


Mariana Major – 7ºA



Um dia, a mãe de Lourença, farta de ver maçãs meio comidas na fruteira, resolveu parar com o vício da filha.
            Reuniu a família e decretou que, daí em diante, não haveria mais maçãs naquela casa até que Lourença as comesse todas.
            Lourença não aceitou muito bem, foi para o seu quarto e pôs-se a imaginar.
            No dia seguinte, lá foi Lourença à fruteira tentar trincar a sua maçã, mas não lá estava nenhuma. Entrou em pânico. Não passava sem as suas maçãs. Apareceu, então, Marta:
             - Ó maninha, esqueceste que não haverá mais maçãs até perderes esse teu vício de trincar maçãs? Aguenta-te.
            E foi-se embora deixando-a, ali, a olhar para ela.
            Se era assim que elas queriam, então era assim que Lourença lhes “iria dar”.
            Começou a comer as maçãs que tinha escondidas numa caixa, debaixo da cama. Tentava comê-las todas, mas era tão difícil! Tentou, tentou e tentou. Conseguiu. Comeu todas as maçãs mas, desta vez, comeu-as até ao fim.
            Foi ter com a mãe:
            - Mãe, já consigo comer as maçãs todas.
            A mãe, nada convencida, tirou uma maçã que tinha escondido no frigorífico e deu-lha a comer. Lourença fê-lo e a mãe voltou a pôr as maçãs na fruteira, convencida de que a filha tinha perdido o vício.
            No dia seguinte, já lá estava a maçã meio comida na fruteira. Não havia nada a fazer!  Azar!
Mariana Conde – 7ºA

         
Como primo da Lourença, tive de planear um esquema para ela deixar de dar apenas uma trinca nas maçãs ou deixar de comê-las. É que a Serafina gosta muito de fazer bolo e compota de maçã e, quando vai a ver, já não há maçãs inteiras porque Lourença “comeu-as”.
         O meu esquema consistia em maçãs podres. Mandava Serafina ir comprar um quilo de maçãs e escondê-las na cave, onde Lourença nunca ia. Depois, dizia aos “mestres dos esquemas”, Artur e Falco que fossem lá abaixo pôr muitas mantas de inverno e lençóis para que apodrecessem.
         Depois de uma semana a apodrecerem, a Marta, perita em maquilhagem, pintaria as maçãs de vermelho e colocar-lhes-ia perfume para que ficassem como se tivessem sidas colhidas naquele momento. Parecia não haver nenhum problema.
         À medida que a Marta as fosse pintando, passá-las-ia ao pai que era cirurgião. Este cortaria a zona de baixo, colocaria um “comprimido de mau humor” e voltava a voltaria a compor a maçã como se não tivesse feito nada.
         Depois de algum tempo, as etapas já estavam todas cumpridas. Deixamos  Lourença em casa (no seu quarto) e fomos ao café da frente tomar uma bebida.
         Quando chegamos a casa, ouvimo-la gritar e dizer “AI QUE NOJO”.
No dia seguinte … no mês seguinte… e … no ano seguinte… nunca mais apareceram maçãs “mordiscadas” por Lourença

Miguel  Reis  7ºA   



Lourença, como todos sabem, sempre que tirava uma maçã da fruteira, dava uma só “trinca” e abandonava a sua maçã.
Um dia, os seus familiares e a Serafina resolveram impor uma dieta de maçãs à pequena Lourença. Dessa forma, já não se desperdiçariam mais maçãs.
Numa sexta-feira, após o jantar, o pai de Lourença resolveu dizer-lhe o que pretendia. Lourença, quando ouviu o seu próprio pai a propor-lhe tal coisa, ficou de tal maneira triste que passou uma hora a chorar no seu “barco de aventuras’’.
No dia seguinte, às escondidas, foi à cozinha em bicos de pés tentar dar a sua “trinca” habitual. Quando acabou de fazê-lo, foi-se embora, mas, foi apanhada pelo seu maldito irmãozito -  Falco - que foi logo contar à mãe.
Esta foi logo entregar a maçã a Lourença e disse:
- Não, não, minha menina! Agora comes a maçã até ao fim, senão obrigo-te a fazer a dieta de maçãs.
Assim, Lourença decidiu ir para o seu “barco’’ imaginando-se, no país das maçãs, podendo dar trincas infinitas em cada uma das suas maçãs.
 Sempre que era apanhada a “mordiscar” maçãs, a mãe recorria a esta estratégia. Assim, Lourença foi-se habituando a comer as maçãs inteiras e resolveu-se o problema.

Eduarda Vieira - 7ºA



Certo dia, a irmã Marta e a mãe viram Lourença a ir à cozinha trincar uma maçã e a ir embora pousando-a outra vez na fruteira. A mãe disse, então, a Marta:
- Filha, já sei de uma maneira para Lourença parar de trincar as maçãs!
- Como, mãe? – perguntou Marta.
- À noite, quando a tua irmã adormecer, vou esconder todas as maçãs debaixo da minha cama, assim, ela não as encontra. – afirmou a mãe.
Assim foi.
Na manhã seguinte, quando Lourença acordou, foi à cozinha “ comer” uma maçã e reparou que estas não estavam na fruteira. Foi aí que começou a pensar: “ Ao pé do jardim, onde eu costumo ir, há uma macieira com maçãs muito vermelhas e brilhantes. Enquanto a mãe não comprar mais maçãs, vou lá comê-las! “ E foi o que ela fez.
Os dias foram passando e as maçãs continuavam a não aparecer em casa. Lourença continuava a ir à macieira buscar maçãs…
Passaram dias, anos e nada!
Algum tempo depois, quando a mãe de Lourença achava que já lhe tinha passado aquela “mania”, voltou a comprar maçãs e a pô-las na fruteira.
Lourença reparou e roeu uma. Não adivinhou que a mãe e a irmã estavam a ver.
A mãe resolveu, então, que não valia a pena continuar a tentar, porque já tinha constatado que a filha jamais perderia o vício.


Jacinta Oliveira - 7ºA