A propósito do texto poético, tentando
dar asas à imaginação e pés para andar à criatividade, foi solicitado aos alunos
que reescrevessem poemas “À moda de…” alguns poetas contemplados nas metas
curriculares. A experiência revelou-se produtiva e a sessão fotográfica animou
os ânimos! Brevemente serão publicadas as “obras-primas”.
À MANEIRA DE PESSOA...
Ó escola da minha vida
Os anos vão passando
Existe uma saudade que contém
Algo não explicado
Uma vontade que se mantém
Infância bem vivida
Uma experiência vivida
Mas com o passar do tempo
O mundo foi perdendo a magia
Hoje toda esta felicidade
É somente nostalgia
Mª Inês Gil (9ºC)
Ó VELHA DA MINHA ALDEIA
Ó velha da minha aldeia,
Doente no teu caminhar,
Por cada vez que falas
A alguém fazes pensar.
É tão lento o teu andar,
Tão largo como a tua vida…
E na mente sentes pesar
Ao veres a terra de raiva ardida.
E lá vais vivendo…
Ficas aí sentada a coser
Mas uma coisa te vou dizendo:
de ti nunca me vou esquecer!…
Henrique Oliveira (9ºC)
Ó FONTE DA MINHA ALDEIA
Ó fonte da minha aldeia,
De água cristalina
Pareces transmitir
Música em surdina.
Ó fonte da minha aldeia,
De olhar doce e meigo
Como a própria natureza.
Ó fonte da minha aldeia,
Segredos soubeste guardar.
Agora, esquecida,
O tempo passas a dormitar.
José Santos (9ºC)
Ó Castelo de Ourém
Ó Castelo de Ourém,
Centro da freguesia,
Mal nunca nos deixaste ficar, porém
Só nos deste gigante alegria.
És dos mais belos
Com os teus detalhes tórridos
Tu tens tantos valores.
Obrigado, castelo da nossa freguesia,
Pois com tantas alegrias,
Nos ajudaste a fazer poesia
Com muita ou pouca sabedoria.
Sofia, Mariana, Vera e Marco (9ºC)
Ó FACEBOOK DA MINHA VIDA
Ó facebook da mina vida,
Cada publicação tua
Tira-me toda a calma!
Um fotografia publicada
Tanto pode deixar-me bem
Como mal-humorada
Ou triste, também...
Uma coisa acabada de publicar
Muito pode transmitir
Deixa-me a chorar
ou faz-me rir...
Vejo um pedido de amizade
Nunca sei o que fazer
Será que aceito com vontade
Ou recuso e finjo não conhecer?
Diz, facebook da minha vida!!!
Liliana Silvano (9ºB)
Rita, Catarina e Diana (9ºB)
Agora, és a recordação
Obrigado, avô, pelo legado.
Rafael Lopes (9ºC)
NÃO CONTES O TEMPO, AVÔ
Memórias me deixas
de uma pessoa fantástica
que antes do tempo partiu .
que antes do tempo partiu .
Todos os dias contas as horas, os minutos
os segundos.
Agora, és a recordação
que ele me deixou.
Contas o meu tempo como
E despertas em mim a saudade
do pouco que vivemos juntos.
Obrigado, avô, pelo legado.
Rafael Lopes (9ºC)
SEGUINDO MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO
Que nunca está aberta
Mas quando passo por ela
O coração aperta...
Tento encontrar a chave
Mas a morte aproxima
Procuro em 1001 sorrisos
Todos vão dar àquela menina
Não sei se conseguirei abri-la
Apesar de curta, a vida é bela
Podre porta há de ficar
Na enferrujada chave dela
Tiago, João e Rodrigo (9ºC)
que guarda os meus segredos
amizades e amores perdidos
e até os meus maiores medos
Quando se abre
algo acontece
Confiança posta à prova
(nem tudo é o que parece...)
Os meus segredos bem guardados
aos poucos foram revelados
amizades perdidas
mil experiências vividas
De nada mais quero saber.
Para mim já não importa.
Nunca ninguém irá saber:
no meu peito há uma porta!...
Ana Silva, Inês Marques, Mº Inês Gil e Marta Oliveira (9ºC)
Cátia e Raul (9ºB)
Porque existem sentimentos
Mª Fátima Poeta (8ºC)
SOLITÁRIA VAI, SALOMÉ
Salomé, vai para o café
Caminhando pela estrada
Com o seu bebé.
Sente falta do amado Zé
Que foi para Guiné
Deixando-a sozinha
Com o seu bebé.
Salomé tem fé
De rever o seu Zé.
Entra no chalé
Vê-o no canapé.
Logo faz grande banzé
Com o pequeno Tomé.
Carolina e Beatriz (8ºC)
Com o seu namorado japonês
Inês, aquela que fala francês,
Filha de um escocês.
Aí, sob o guarda-sol
Com seu perfume cheiroso
Come um rissol
Com um olhar curioso.
Aquele par amoroso
Vê chegar o pôr-do-sol
Lento como o caracol
Sem qualquer briol.
Anthony, Luís, Marcelo e Marcelino (8ºC)
amizades e amores perdidos
e até os meus maiores medos
Quando se abre
algo acontece
Confiança posta à prova
(nem tudo é o que parece...)
Os meus segredos bem guardados
aos poucos foram revelados
amizades perdidas
mil experiências vividas
De nada mais quero saber.
Para mim já não importa.
Nunca ninguém irá saber:
no meu peito há uma porta!...
Ana Silva, Inês Marques, Mº Inês Gil e Marta Oliveira (9ºC)
NO ENCALÇO DE SOPHIA
Porque quero mas não tenho
Porque não paro
de imaginar
Para tudo ou para
nada
Porque canto mas não me ouves
Porque preciso
que me ouças
Onde quer que
estejas
Porque caio mas não me amparas
Porque me ouço e me vejo
E no meu espelho
não te revejo
Porque te amo mas tenho medo
Porque te espero
E o tempo não para
Porque corres mas não te apanho
Cátia e Raul (9ºB)
Porque estou triste mas sorrio
Porque só quero o
que não posso ter
Para ser feliz
Porque tenho tudo
mas sinto nada ter
Porque gosto de
sonhar
Onde tudo posso
ter
Porque tudo é
possível mas não real
Porque vivo
infeliz e sozinha
E só quero quem
não me quer
Porque o mundo é
cruel mas dele não posso escapar
Porque quero
fugir
E ir até ao
INFINITO
Porque estou
quase a partir mas ainda te espero
Beatriz, Daniela e Diana (9ºB)
Porque quero mas não posso
Porque tenho que
resistir
Para em frente
seguir
Porque tu és
viciante
Onde quer que vá,
estás presente
Porque contigo
não dá mas não sais da minha mente
Porque és um
desejo e uma perdição
E em ti encontro
tudo o que procuro
Porque és tudo mas não és meu
Porque te quero
comigo
E mais do que um
amigo
Liliana Silvano (9ºB)
Porque caímos e nos levantamos
Porque acreditamos no que achamos
Para chegarmos onde não estamos
Porque a vida passa e não percebes
Porque mais tarde te arrependes
Onde nos leva ela?
Porque é traiçoeira...
Porque caímos sempre na ratoeira
E porque fazemos sempre a mesma asneira
Porque ficamos tristes assim
E toda a vida erramos
Porque nos levantamos e lutamos!
Para ter o que desejamos!
Gonçalo Couto (9ºC)Para ter o que desejamos!
Porque existem sentimentos
Para depois, no
fim, não sofrer
Porque temos nós
que viver
Porque não
vivemos num mundo em solidão
Onde não partiríamos
o coração
Porque afinal
vamos todos morrer
IMITANDO CAMÕES E GEDEÃO
Leva o cigarro na boca
Aquela cabeça oca!…
Vai sem pressa, a boneca
A seu lado, vai um rapaz
Com uma fome voraz,
Ia sem pressa, a boneca
Ao chegar à discoteca
A força quis entrar
A tentativa correu mal
E à prisão foi parar
Foi sem pressa, a boneca
Sérgio Cardeal e João Marçal (8ºC)
IVETE, A COQUETTE
Ivete, a coquette,
Mostra um
sorriso bright
Exibe a
toilette.
Vai sem stress
Jean azul
Tricot da
quermesse
à moda do sul.
De boca
sequinha
Bebe uma
caipririnha light
Fica toda
avariadinha.
Tem tratamento
VIP
Para a casa
regressar
apanha boleia
do jeep
que acaba de
chegar.
Para a noite
acabar,
Só falta ir ao
facebook
A novidade dar
E falar do seu
look.
João Miguel, Miguel e Ronaldo (8ºC)
LEONOR, PELA CALÇADA
À pressa vai para a noite
Leonor, pela calçada.
Leva n’orelha o alargador
Vai cheirosa e não madura
Calça sapato de salto alto
Calça sapato de salto alto
Veste um short à maneira
Um top fino de papelote
Mostra a roupinha da feira
Vai cheirosa e não madura
Sempre a teclar no telemóvel
Caminha com avidez
Dispensa o automóvel
Vai cheirosa e não madura
Pula, pula, noite dentro
Exibindo a tatuagem
Das atenções é o centro
Tão bela é a imagem
Vai cheirosa e não madura
O. J.
Rosa e a sua
sacola
Mais branca
que a neve pura
Olhos cor de
verdura
Tem abundante
cabelo
Negro como a
noite
Longo e
encaracolado
A caminho do
autocarro
Um bonito
rapazola
Com casaco de
grande gola
Oferece-lhe um
cigarro
Sabendo que
faz mal à saúde
Temendo pela
juventude
Vai beber uma
coca-cola
No café da
Lola
Entra no
autocarro
Com um sorriso
estampado
Tal foi a
sorte
De não se ter
encantado.
Mª Rui, Mariana e Mónica (8ºC)
ROSITA, A CATITA
Rosita, a catita
Leva, na mão, a bola
Parece um rapazola!
Na sacola, leva a cola.
Feliz vai driblando
Mas estraga a bola.
Parece um rapazola!
Chorando,
Da sacola tira a cola
Parece um rapazola!
Perde a hora.
Não quer ir à aula.
Vai jogar a bola.
Parece um rapazola!
À noite,
Regressa a casa.
Com recado na sacola
Parece um rapazola!
Ai! Pôs o pé na argola!!!
Parece um rapazola!
Ai! Pôs o pé na argola!!!
LENA, CHEIRINHO A ALFAZEMA
Pela estrada fora, Lena,
Simplesmente vai bela!
“Viver a vida” é lema!
Sozinha não quer ir
Pensa num esquema…
E sempre a sorrir,
Faz um telefonema!
“Viver a vida” é lema!
De companhia arranjada
Do atacador faz algema
E, bem acompanhada,
Até faz um poema!
“Viver a vida” é lema!
Mª Reis, Ariana, Patrícia e Ema (8ºC)
SOLITÁRIA VAI, SALOMÉ
Solitária e calada,
Salomé, vai para o café
Caminhando pela estrada
Com o seu bebé.
Sente falta do amado Zé
Que foi para Guiné
Deixando-a sozinha
Com o seu bebé.
Salomé tem fé
De rever o seu Zé.
Entra no chalé
Vê-o no canapé.
Logo faz grande banzé
Com o pequeno Tomé.
Carolina e Beatriz (8ºC)
De Porsche, vai p’ra escola
De Porsche, vai p’ra escola
Sofia, muito divertida,
E a polícia nem liga.
Vai
confiante, a gabarola!
Leva na cabeça a pala
E, na mão, uma mala
Ao lado do condutor
Até perda a fala.
Vai
confiante, a gabarola!
Prego a fundo
Buzina a todo momento
É a mais bela do mundo
Em rápido movimento!
Vai
confiante, a gabarola!
Leandro Costa (8ºC)
DE MOTA NO GERÊS
De mota vai para o GerêsCom o seu namorado japonês
Inês, aquela que fala francês,
Filha de um escocês.
Aí, sob o guarda-sol
Com seu perfume cheiroso
Come um rissol
Com um olhar curioso.
Aquele par amoroso
Vê chegar o pôr-do-sol
Lento como o caracol
Sem qualquer briol.
Anthony, Luís, Marcelo e Marcelino (8ºC)
VOLTOU À DISCOTECA, REBECA
Voltou à discoteca, Rebeca,
E o seu amor encontrar.
Vai bela e elegante
mas não arrogante!
Leva um simples vestido,
Que não é muito comprido,
Uns sapatos dourados
Que lhe estavam apertados.
Vai bela e elegante
Já sentada a descansar
Olhando a seu redor
Ouve alguém chamar
Seu nome com calor.
Vai bela e elegante
mas não arrogante!
De olhar brilhante
Recebe uma bela flor
e um anel de diamante
Como prova de amor.
Ficou bela e radiante
de olhar brilhante!!!
Lídia, Daniel e Eunice (8ºC)
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