sexta-feira, 9 de maio de 2014

POETA E … INVENTANDO

A propósito do texto poético, tentando dar asas à imaginação e pés para andar à criatividade, foi solicitado aos alunos que reescrevessem poemas “À moda de…” alguns poetas contemplados nas metas curriculares. A experiência revelou-se produtiva e a sessão fotográfica animou os ânimos! Brevemente serão publicadas as “obras-primas”. 

                                        

                                             À MANEIRA DE PESSOA...

       Ó escola da minha vida



Os anos vão passando
Existe uma saudade que contém
Algo não explicado
Uma vontade que se mantém

                                                    Infância bem vivida
Com muita euforia
Uma experiência vivida
Amada p’la maioria

Mas com o passar do tempo
O mundo foi perdendo a magia
Hoje toda esta felicidade
É somente nostalgia
Mª Inês Gil (9ºC)

Ó VELHA DA MINHA ALDEIA


Ó velha da minha aldeia,
Doente no teu caminhar,
Por cada vez que falas
A alguém fazes pensar.

É tão lento o teu andar,
Tão largo como a tua vida…
E na mente sentes pesar
Ao veres a terra de raiva ardida.
 
E lá vais vivendo…
Ficas aí sentada a coser
Mas uma coisa te vou dizendo:
de ti nunca me vou esquecer!…

Henrique Oliveira (9ºC)



 

Ó FONTE DA MINHA ALDEIA


  Ó fonte da minha aldeia,
  De água cristalina
  Pareces transmitir
  Música em surdina.

  Ó fonte da minha aldeia,
Ouviste a bela camponesa
De olhar doce e meigo
Como a própria natureza.

Ó fonte da minha aldeia,
Segredos soubeste guardar.
Agora, esquecida,
O tempo passas a dormitar.
   
José Santos (9ºC)


Ó Castelo de Ourém


                     Ó Castelo de Ourém,
                     Centro da freguesia,
                     Mal nunca nos deixaste ficar, porém
                     Só nos deste gigante alegria.

                     És dos mais belos
                     Conhecido como um dos melhores
                     Com os teus detalhes tórridos
                      Tu tens tantos valores.

                     Obrigado, castelo da nossa freguesia,
                     Pois com tantas alegrias,
                     Nos ajudaste a fazer poesia
                     Com muita ou pouca sabedoria.

Sofia, Mariana, Vera e Marco (9ºC)



Ó FACEBOOK DA MINHA VIDA



Ó facebook da mina vida, 
Mexes tanto com a minha alma.
Cada publicação tua 
Tira-me toda a calma!

Um fotografia publicada
Tanto pode deixar-me bem
Como mal-humorada 
Ou triste, também...

Uma coisa acabada de publicar 
Muito pode transmitir
Deixa-me a chorar 
ou faz-me rir...

Vejo um pedido de amizade 
Nunca sei o que fazer
Será que aceito com vontade
Ou recuso e finjo não conhecer? 


Diz, facebook da minha vida!!! 

Liliana Silvano (9ºB)


Ó COLOMBO DO MEU CORAÇÃO


Ó Colombo do meu coração,
Tantas coisas para comprar
Ou apenas para navegar...

Descobrindo novas lojas
Para o armário preencher
Só para marinheiro ver.

Que saudade....
Remando até ti,
Ó Colombo do meu coração.

Rita, Catarina e Diana (9ºB)

NÃO CONTES O TEMPO, AVÔ


Memórias me deixas 
de uma pessoa fantástica 
que antes do tempo partiu .
Todos os dias contas as horas, os minutos
os segundos.

Agora, és a recordação
que ele me deixou. 
Contas o meu tempo como
outrora contaste o dele.
E despertas em mim a saudade
do pouco que vivemos juntos.

Obrigado, avô, pelo legado.

Rafael Lopes (9ºC)





SEGUINDO MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO 


No meu peito há uma porta
Que nunca está aberta
Mas quando passo por ela
O coração aperta...

Tento encontrar a chave
Mas a morte aproxima
Procuro em 1001 sorrisos
Todos vão dar àquela menina

                    Não sei se conseguirei abri-la
                    Apesar de curta, a vida é bela
                          Podre porta há de ficar
                        Na enferrujada chave dela  

Tiago, João e Rodrigo (9ºC)




  No meu peito há uma porta
 que guarda os meus segredos
amizades e amores perdidos
  e até os meus maiores medos

Quando se abre
algo acontece
Confiança posta à prova
(nem tudo é o que parece...)

Os meus segredos bem guardados 
aos poucos foram revelados
amizades perdidas
mil experiências vividas

De nada mais quero saber.
Para mim já não importa.
Nunca ninguém irá saber:
no meu peito há uma porta!...

Ana Silva, Inês Marques, Mº Inês Gil e Marta Oliveira (9ºC)


NO ENCALÇO DE SOPHIA


Porque quero mas não tenho
Porque não paro de imaginar
Para tudo ou para nada
Porque canto mas não me ouves

Porque preciso que me ouças
Onde quer que estejas
Porque caio mas não me amparas

Porque me ouço e me vejo
E no meu espelho não te revejo
Porque te amo mas tenho medo
Porque te espero
E o tempo não para
Porque corres mas não te apanho


 Cátia e Raul (9ºB)



Porque estou triste mas sorrio
Porque só quero o que não posso ter
Para ser feliz
Porque tenho tudo mas sinto nada ter

Porque gosto de sonhar
Onde tudo posso ter
Porque tudo é possível mas não real
Porque vivo infeliz e sozinha
E só quero quem não me quer
Porque o mundo é cruel mas dele não posso escapar

Porque quero fugir
E ir até ao INFINITO
Porque estou quase a partir mas ainda te espero

Beatriz, Daniela e Diana (9ºB)



Porque quero mas não posso
Porque tenho que resistir
Para em frente seguir
Porque posso mas desejo

Porque tu és viciante
Onde quer que vá, estás presente
Porque contigo não dá mas não sais da minha mente

Porque és um desejo e uma perdição
E em ti encontro tudo o que procuro
Porque és tudo mas não és meu

Porque te quero comigo
E mais do que um amigo
Porque quero mas não posso!

Liliana Silvano (9ºB)


Porque caímos e nos levantamos
Porque acreditamos no que achamos
Para chegarmos onde não estamos
Porque a vida passa e não percebes
Porque mais tarde te arrependes
Onde nos leva ela?
Porque é traiçoeira...

Porque caímos sempre na ratoeira
E porque fazemos sempre a mesma asneira
Porque ficamos tristes assim

Porque somos humanos!
E toda a vida erramos
Porque nos levantamos e lutamos!
Para ter o que desejamos!

Gonçalo Couto (9ºC)



Porque existem sentimentos
Porque não sentimos menos
Para depois, no fim, não sofrer
Porque temos nós que viver

Porque não vivemos num mundo em solidão
Onde não partiríamos o coração
Porque afinal vamos todos morrer

Tiago, João e Rodrigo (9ºC)


















IMITANDO CAMÕES E GEDEÃO


A NOITE DA ZECA

De carro vai p’ra discoteca
Zeca, a meia-leca,
Leva o cigarro na boca
Aquela cabeça oca!…
Vai sem pressa, a boneca

A seu lado, vai um rapaz
Com uma fome voraz,

Mas, com ela ao lado
Só tem tempo p’ra um gelado
Ia sem pressa, a boneca

Ao chegar à discoteca
A força quis entrar
A tentativa correu mal
E à prisão foi parar
Foi sem pressa, a boneca

Sérgio Cardeal e João Marçal (8ºC)



IVETE, A COQUETTE

Formosa vai para a noite,
 Ivete, a coquette,
Mostra um sorriso bright
Exibe a toilette.

Vai sem stress
Jean azul
Tricot da quermesse
à moda do sul.

É midnight
De boca sequinha
Bebe uma caipririnha light
Fica toda avariadinha.

Tem tratamento VIP
Para a casa regressar
apanha boleia do jeep
que acaba de chegar.

Para a noite acabar,
Só falta ir ao facebook
A novidade dar
E falar do seu look.


João Miguel, Miguel e Ronaldo (8ºC) 



LEONOR, PELA CALÇADA

À pressa vai para a noite
Leonor, pela calçada.
Leva n’orelha o alargador
Que sempre causa furor
Vai cheirosa e não madura

Calça sapato de salto alto
Veste um short à maneira
Um top fino de papelote
Mostra a roupinha da feira
Vai cheirosa e não madura

Sempre a teclar no telemóvel
Caminha com avidez
Dispensa o automóvel

Sem qualquer timidez
Vai cheirosa e não madura

Pula, pula, noite dentro
Exibindo a tatuagem
Das atenções é o centro
Tão bela é a imagem
Vai cheirosa e não madura

O. J.



ROSA, A CHARMOSA

Charmosa vai para a escola
Rosa e a sua sacola
Mais branca que a neve pura
Olhos cor de verdura

Tem abundante cabelo
Negro como a noite
Longo e encaracolado
Sempre bem penteado

A caminho do autocarro
Um bonito rapazola
Com casaco de grande gola
Oferece-lhe um cigarro

Sabendo que faz mal à saúde
Temendo pela juventude
Vai beber uma coca-cola
No café da Lola

Entra no autocarro
Com um sorriso estampado
Tal foi a sorte

De não se ter encantado.

Mª Rui, Mariana e Mónica (8ºC)


ROSITA, A CATITA

A pé vai para a escola,
Rosita, a catita
Leva, na mão, a bola
Parece um rapazola!

Na sacola, leva a cola.
Feliz vai driblando
Mas estraga a bola.
Parece um rapazola!

Chorando,
Da sacola tira a cola
Para colar a bola.
Parece um rapazola!

Perde a hora.
Não quer ir à aula.
Vai jogar a bola.
Parece um rapazola!

À noite,
Regressa a casa.
Com recado na sacola
Parece um rapazola! 
Ai! Pôs o pé na argola!!!

Mª Fátima Poeta (8ºC)

LENA, CHEIRINHO A ALFAZEMA


De ténis, vai ao cinema
Pela estrada fora, Lena,
Cheirinho a alfazema,
Simplesmente vai bela!
“Viver a vida” é lema!

Sozinha não quer ir
Pensa num esquema…
E sempre a sorrir,
Faz um telefonema!
“Viver a vida” é lema!

De companhia arranjada
Do atacador faz algema
E, bem acompanhada,
Até faz um poema!
“Viver a vida” é lema!

Mª Reis, Ariana, Patrícia e Ema (8ºC)


SOLITÁRIA VAI, SALOMÉ 

Solitária e calada,
Salomé, vai para o café
Caminhando pela estrada
Com o seu bebé.

Sente falta do amado  Zé 
Que foi para Guiné
Deixando-a sozinha 
Com o seu bebé.

Salomé tem fé 
De rever o seu Zé.
Entra no chalé
Vê-o no canapé. 

Logo faz grande banzé 
Com o pequeno Tomé.

Carolina e Beatriz (8ºC)

De Porsche, vai p’ra escola

De Porsche, vai p’ra escola
Sofia, muito divertida,
Voa na autoestrada
E a polícia nem liga.
Vai confiante, a gabarola!

Leva na cabeça a pala
E, na mão, uma mala
Ao lado do condutor
Até perda a fala.
Vai confiante, a gabarola!

Prego a fundo
Buzina a todo momento
É a mais bela do mundo
Em rápido movimento!
 Vai confiante, a gabarola!

Leandro Costa (8ºC) 

DE MOTA NO GERÊS

De mota vai para o Gerês
Com o seu namorado japonês
Inês, aquela que fala francês,
Filha de um escocês.

Aí, sob o guarda-sol
Com seu perfume cheiroso 
Come um rissol
Com um olhar curioso.

Aquele par amoroso

Vê chegar o pôr-do-sol
Lento como o caracol
Sem qualquer briol.

Anthony, Luís, Marcelo e Marcelino (8ºC)



VOLTOU À DISCOTECA, REBECA



Voltou à discoteca, Rebeca,
Para nela bem dançar
E o seu amor encontrar.
Vai bela e elegante
mas não arrogante!


Leva um simples vestido, 
Que não é muito comprido,
Uns sapatos dourados
Que lhe estavam apertados.
Vai bela e elegante
mas não arrogante!


Já sentada a descansar 
Olhando a seu redor
Ouve alguém chamar 
Seu nome com calor.
Vai bela e elegante
mas não arrogante!


De olhar brilhante 
Recebe uma bela flor
e um anel de diamante
Como prova de amor.
Ficou bela e radiante
de olhar brilhante!!!


Lídia, Daniel e Eunice (8ºC)




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